Este Blog foi criado como portfólio virtual onde apresento meus projetos, pensamentos acerca da arte, arquitetura, cidade e ser humano e minhas pinturas. A trajetória do saber como expressão e formação do artista e do arquiteto
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terça-feira, 7 de agosto de 2018

Até que a arte nos salve!


Ilusão (óleo sobre tela 80x110cm) – 2017

A formação humana chega ao seu (des)equilíbrio estruturado em três pontos de apoio: O Sadismo, a Hipocrisia e a Ilusão.
O poder nasce sempre da aceitação do submisso e o coletivo é uma perigosa e delicada ampliação daquilo que há de melhor e pior inibindo a igualdade individual.
A morte e a fé são as únicas ilusões involuntárias e o sonho o único governo legítimo.
Rezo por segurança, rogo por leveza. Devo assumir a navalha que cortará, por escolha, as várias raízes ilusórias que deslocam a carne e que me fazem levitar em transe da realidade que de nada mais é feita que de ilusões consolidadas.


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Até que a arte nos salve!


Hipocrisia (óleo sobre tela 80x110cm) – 2017

A formação humana chega ao seu (des)equilíbrio estruturado em três pontos de apoio: O Sadismo, a Hipocrisia e a Ilusão.
Nossos atos e desejos são socialmente instigados para legitimar toda punição, prolongando nosso sofrimento nas inúmeras demonstrações de desigualdade do poder de uma balança hipócrita. Estufa teu peito entre iguais inquisidores do “bem” e da “tradição da ordem” de um passado onde acreditavam viver seguros. Submisso e preso, teu horizonte, por vezes, é uma lente de aumento de uma aterrorizante liberdade, como se dentro de tua cúpula envidraçada, o teu foco ultrapassasse o entendimento da tua própria condição. O sistema nunca te fará pertencente e o equilíbrio entre o poder e a hipocrisia, gotejará na tua incapacidade.

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domingo, 19 de fevereiro de 2017

Até que a arte nos salve!


Sadismo (óleo sobre tela 80x110cm) – 2015

A formação humana chega ao seu (des)equilíbrio estruturado em três pontos de apoio: O Sadismo, a Hipocrisia e a Ilusão.
Crises humanitárias em fronteiras erguidas merecem mais comoção que a nossa crise humanitária diária e invisível nas nossas ruas de diamantes.
Qual distância você precisa estar de um problema para que ele te toque?
A distância segura te acalenta em tua zona de conforto e as imagens que te visitam por satélite, quando muito, te fazem balbuciar uma pequena coragem... mas que logo passa.
O futuro sempre esbarra em arames farpados, físicos ou imaginários que o homem cria para isolar seus campos de segurança.

Quantas fronteiras você ergue por dia? 

Até que a arte nos salve!


Violação (óleo sobre tela 80x120cm) – 2015

América do Sul, Brasil, 2015.
No ano passado, mais de 50.000 mulheres sofreram algum tipo de violação, seja por violência física, psicológica, moral e/ou sexual, além do cárcere privado. Como se não fosse deprimente o bastante, soma-se a isto, a prática de estupro coletivo.
Engolindo o choro, milhares de meninas e mulheres amputam lascas de suas vidas em longínquos, por vezes, intangíveis pedaços de suas melhores partes.
Não pode ser impossível não distinguir o canto de angústia.
Neste mesmo país, sucessivos governos violam seu povo que se ilude em escolhas partidárias; inflamados e cegos porta-estandartes. Não é mais um simples desrespeito, é uma comédia sádica de um povo que se vinga em si próprio, se autoviolando. Estamos nos devorando com os dedos em riste de quem se autocondecora o dono da verdade.

Não pode ser verdade que não se distingui o canto de angústia do nosso próprio fim.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

ABRIGO / MANIFESTO
Uma ação de re-HUrbManismo
PROJETO PREMIADO - PREMIAÇÃO ANUAL DO IAB
CONVIDADO PARA EXPOSIÇÃO DE ARTE "DIE TROPEN" - BERLIM ALEMANHA

arq. Adriano Carnevale DominguesCLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIA-LA



Sai da tua infância, amigo, desperta !Jean-Jacques Rousseau

A justiça social não é um princípio de massa, mas sim, de indivíduos. Mesmo que a massa se satisfaça com seu estado, há sempre um indivíduo que sofre. Poderia haver justiça humana nisso? Se respondermos que sim, justificaríamos a opressão... Para construir uma sociedade justa é preciso que essas pessoas exiladas, recebam primeiramente justiça. Chama a esta pessoa, o habitante. Chama a esta pessoa de você, você mesmo.”
Trecho extraído do texto “Anarquitetura: A arquitetura é uma ação política.” do arquiteto americano Lebbeus Woods.


Século XXI, os automóveis ainda continuam sobre a terra, o tempo ultrapassa a sua relação com o espaço, transformando a imagin(ação) em virtualidade. A pobreza aumenta e a grande maioria vive mal, dos ricos aos pobres, das casas às cidades; nós arquitetos estaremos fadados, ao total desprezo e mau entendimento por parte de quem nos contrata, enquanto ficarmos pensando na massa como constituição social, incentivando à cópia, à inutilidade, à repetição de estilos globais e fotogênicos, esquivando-nos das resoluções e questionamentos pontuais.
“Estamos presenciando um Classicismo de segunda patrocinado por pessoas que enriqueceram no mundo moderno mas fingem viverem como “lordes” em uma sociedade feudal”, disse Peter Davey editor da revista The Architectural Review.
Estamos deixando apagar os rastros deixados pelos grandes arquitetos, devemos abrir as portas de nossas reuniões profissionais, devemos por nas ruas as nossas percepções, para que a sociedade civil entenda e veja pelos nossos olhos.
Talvez a arquitetura não seja realmente importante, como diz o Arq. Oscar Niemeyer, e que o importante é mudar este mundo injusto; mas utilizaremos então a arquitetura como uma de nossas ferramentas , já que está na ação, intenção e invenção a diferença que nos qualifica.
Moraríamos nas cidades, não como quem ocupa casulos com vista para o céu e ignora o chão sujo. O espaço público esta como o resto das nossas construções, não respirando sem elas.
O triste é que o espaço comum só adquire valor se consumido pelo privado.
O ABRIGO / MANIFESTO foi criado para, primeiramente, proteger seres humanos que se encontrem em lugares diversos e depois alterar a percepção daqueles que passam e não enxergam nada além de seus celulares, (re)apresentando o que também é arquitetura.
Este abrigo é constituído de duas bases de ripas de madeira dispostas paralelamente com distância de aproximadamente 1,00 metro (variável de acordo com a necessidade) por onde saem fios de arame de aço revestidos por mangueiras de borracha, permitindo mobilidade e maleabilidade.
Este conjunto de mangueira / arames estrutural possui três comprimentos distintos, criando três camadas para afixar materiais de cobertura. Nas duas camadas mais altas estão duas placas compostas de alumínio para o lado externo, refletindo o calor , e juta resinada para o lado interno, criando uma fibra de maior resistência para o material. Estas placas ficarão uma em cima da outra com vão livre para circulação de ar e poderão deslizar sobre as mangueiras/arames estruturais a fim de um melhor isolamento térmico. Abaixo destas placas, seguido por mais um espaço para circulação de ar, uma cobertura impermeável de PVC com fibra de nylon envolve o morador tanto por cima quanto o isola do chão úmido.
As extremidades maleáveis pelo arame e mangueira possibilitam o aumento da área interna do abrigo.
Erguendo uma das bases de madeira, o abrigo até então em forma de arco, se transforma em uma letra “ C “, permitindo que o morador coloque seus pertences dentro da cobertura de PVC que o envolvia. Seguindo a transformação, o morador continua enrolando o conjunto, agora em forma de caracol; amarrando-o
Duas pequenas rodas localizadas na outra base de madeira, possibilitam sua locomoção.
A forma não deriva da função, pois esta já está caracterizada por si só, mas sim pela fragmentação e movimentação de suas partes em busca da ação desejada.
Vivemos em uma “ democracia “ cada vez mais fortalecida em uma sociedade que se vangloria a cada eleição como seu único grande ato cívico.
Grande “ democracia “ onde um mendigo se confunde com seus pertences embalados em sacos plásticos, desumanamente invisível, o que para a sociedade é bom, pois não precisa enxergar a decadência de seu poder, sofrendo ataques e ações autoritárias.
Departamentos governamentais e sociedade aprovam e compram construções especulatórias onde os espaços encolhem proporcionalmente ao número de ornamentos inúteis de suas fachadas, onde o projeto aparece de planilhas numéricas e quantitativas. Os espaços ganham nomes importados e o ser humano, que deveria estar no principio da criação arquitetônica, aparece por último, apenas para garantir o retorno do investimento.
CIDADE/ARQUITETURA x SER HUMANO - re-Humanizemos-a ou re-Urbanizemo-nos?
Vamos encarar a urgência de tomarmos à frente daqueles que degradam nossa profissão e nossas cidades.
Que a arquitetura saia destas imagens inúteis, pensamentos e frases acadêmicas e se ligue à multidão.
Vamos leva-la a sério.

Links:

Texto re-HUrbManismo:


Video da exposição "Die Tropen"-Berlim:


Exposição "Die Tropen"-Berlim:


Jornal Folha de São Paulo:


New Architectural Expression:


New Italian Blood: